Nesta semana, após a instalação de novos radares na cidade de São Paulo, os carros que não realizaram a inspeção veicular poderão ser multados pelos 177 radares que possuem o sistema de Leitura Automática de Placas (LAP), semelhante àqueles que fazem as leituras das placas dos carros que não cumprem o rodízio. A Prefeitura alega que os recursos arrecadados com as multas (R$ 550,00) irão para um fundo especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o “Fundo Verde”, que investirá em projetos sustentáveis para a redução da poluição e para o transporte.
Algumas coisas nos chamam a atenção em relação às multas de trânsito. Sabemos que muitos desses “serviços” são terceirizados, como a própria “inspeção veicular” realizado pela “Controlar”, uma empresa e, como todas as empresas, visam o lucro. Lembremos que a taxa da inspeção, R$ 56,44, antes era devolvida, agora não é mais. São mais de 6 milhões de veículos a frota da cidade e uma conta rápida nos dá a dimensão dessas cifras. Acrescentemos a esses dados a voracidade da Prefeitura e do Governo do Estado na instalação dos radares, como no caso da recente ampliação das faixas na Marginal Tietê na qual os radares foram instalados antes que as placas de sinalização, causando mais confusões e engarrafamentos no caótico trânsito da cidade.
A quem interessa essa “indústria da multa”? Um “caixa dois” do poder público municipal?
Em Santo André, cidade célebre pelos mesmos motivos, a população indignada colocava nos carros um adesivo sugestivo: “Visite Santo André e ganhe uma multa”. Creio que devemos pensar em adaptar essa frase para São Paulo.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
ANO NOVO, VELHOS HÁBITOS: O ESTRESSE
São Paulo, 19000 novos veículos emplacados ao mês, em torno de seis milhões é sua frota. Por detrás de cada motorista, um ser estressado, todos ansiosos, todos atrasados, muitos deprimidos. Somam-se a esse quadro, as chuvas que prenunciam alagamentos e as atividades de final de ano que aumentam o nível de loucura a que é submetido o paulistano, colocando em xeque a máxima de que o brasileiro é cordial. O que vemos, ao menos no trânsito, é uma guerra por espaço, por AUTO-afirmação. Quando esses níveis de desequilíbrio atingem as relações humanas fora do trânsito, de fato temos sérios problemas.
Ansiedade, estresse, depressão. A tríade infernal da patologia moderna que corrói o indivíduo e as relações sociais. Particularmente, alunos e professores sofrem, como todos, tais pressões, porém com o agravante do final de semestre/ano com provas, médias, trabalhos, reclamações, choros e “tome gravata” (Vinicius de Moraes), o que faz da docência, uma das profissões mais desgastantes no ranking do estresse.
Esse quadro, bastante conhecido, é uma realidade difícil de ser transformada em algo mais saudável. Alguém possui alguma sugestão? O humor é uma excelente arma contra essa ditadura do mau humor e rancor, o problema é que quando alguém está com altos níveis dessa doença, o humor é visto e sentido como agressão, causando mais violência.
“Amar, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido.”
(Vinicius de Moraes)
Bom final de semestre/ano a todos.
Ansiedade, estresse, depressão. A tríade infernal da patologia moderna que corrói o indivíduo e as relações sociais. Particularmente, alunos e professores sofrem, como todos, tais pressões, porém com o agravante do final de semestre/ano com provas, médias, trabalhos, reclamações, choros e “tome gravata” (Vinicius de Moraes), o que faz da docência, uma das profissões mais desgastantes no ranking do estresse.
Esse quadro, bastante conhecido, é uma realidade difícil de ser transformada em algo mais saudável. Alguém possui alguma sugestão? O humor é uma excelente arma contra essa ditadura do mau humor e rancor, o problema é que quando alguém está com altos níveis dessa doença, o humor é visto e sentido como agressão, causando mais violência.
“Amar, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido.”
(Vinicius de Moraes)
Bom final de semestre/ano a todos.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
INTOLERÂNCIA, NOVA ETNIA E ALTERIDADE
Mais uma vez pasmo assisti, como todos, às cenas de violência perpetradas por jovens de classe média contra homossexuais na Av. Paulista semana passada. “Fato corriqueiro, mas não me acostumo nem gosto do cheiro” (Itamar Assumpção). Cenas semelhantes fazem parte do cotidiano de violência e, infelizmente, não apenas do Brasil. Para citar algumas, gotas d’água num oceano de intolerância: o índio Galdino em Brasília, queimado vivo enquanto dormia por jovens de classe média. Justificativa do grupo agressor: “pensávamos que fosse apenas um mendigo”. Agressão sofrida por uma empregada doméstica no Rio de Janeiro enquanto aguardava o ônibus após um dia cansativo de trabalho. Justificativa dos agressores, também jovens de classe média: “pensávamos que fosse apenas uma prostituta”. Exemplos não faltam e explicações também. O difícil é entender.
Darcy Ribeiro afirmava que o Brasil, dado seu processo histórico, é uma etnia nova, uma cultura nova, na qual velhos preconceitos simplesmente não possuem lugar, um povo novo. No entanto, afirmava o antropólogo, também é um povo velho, pois em sua formação, importou a estrutura burocrática, corrupta e excludente de um Estado antigo. Podemos acrescentar a essa lista, também a intolerância. A Europa possui uma longa História de intolerância em relação ao outro. Os gregos antigos chamavam de bárbaro todos aqueles que não falavam grego. Os Romanos usavam o mesmo termo para todos que não falavam latim. Recentemente, a velha chaga da xenofobia mostrou de novo seus dentes com a expulsão dos ciganos de território francês, parte de um longo e antigo plano de Nicolas Sarkozy de limpeza de ilegais da França. É bom lembrar que muitos desses indesejados estão nesse país há três gerações. Tais cenas ainda rondam a memória européia, cuja prática desembocou nos conflitos mundiais e nas câmaras de gás, sempre ocupadas por indesejados. Os judeus são sempre os primeiros lembrados, mas a lista é longa: comunistas, opositores ao regime, ciganos, homossexuais, doentes mentais, velhos, crianças racialmente impuras...
A alteridade é um dos pilares conceituais da Antropologia que vê no outro nem um ser superior ou inferior, apenas diferente do “eu” que observa. Aceitar as diferenças é o primeiro passo para um convívio de paz, para a construção de um mundo mais justo e igualitário, capaz de inverter o processo de destruição da vida como conhecemos nesse planeta, cujo principal fenômeno observável é o aquecimento global. Se o Homem não consegue nem conviver em harmonia com o outro, como poderemos mudar nosso modo de vida para inverter o processo suicida que a vida moderna nos legou?
O Brasil é um país em que a cultura por razões históricas está em construção. Não vamos importar preconceitos alheios a nós e vamos combater os que temos e que são muitos, sabendo que a forma é a educação, cuja linguagem principal não é a razão, mas o amor.
Darcy Ribeiro afirmava que o Brasil, dado seu processo histórico, é uma etnia nova, uma cultura nova, na qual velhos preconceitos simplesmente não possuem lugar, um povo novo. No entanto, afirmava o antropólogo, também é um povo velho, pois em sua formação, importou a estrutura burocrática, corrupta e excludente de um Estado antigo. Podemos acrescentar a essa lista, também a intolerância. A Europa possui uma longa História de intolerância em relação ao outro. Os gregos antigos chamavam de bárbaro todos aqueles que não falavam grego. Os Romanos usavam o mesmo termo para todos que não falavam latim. Recentemente, a velha chaga da xenofobia mostrou de novo seus dentes com a expulsão dos ciganos de território francês, parte de um longo e antigo plano de Nicolas Sarkozy de limpeza de ilegais da França. É bom lembrar que muitos desses indesejados estão nesse país há três gerações. Tais cenas ainda rondam a memória européia, cuja prática desembocou nos conflitos mundiais e nas câmaras de gás, sempre ocupadas por indesejados. Os judeus são sempre os primeiros lembrados, mas a lista é longa: comunistas, opositores ao regime, ciganos, homossexuais, doentes mentais, velhos, crianças racialmente impuras...
A alteridade é um dos pilares conceituais da Antropologia que vê no outro nem um ser superior ou inferior, apenas diferente do “eu” que observa. Aceitar as diferenças é o primeiro passo para um convívio de paz, para a construção de um mundo mais justo e igualitário, capaz de inverter o processo de destruição da vida como conhecemos nesse planeta, cujo principal fenômeno observável é o aquecimento global. Se o Homem não consegue nem conviver em harmonia com o outro, como poderemos mudar nosso modo de vida para inverter o processo suicida que a vida moderna nos legou?
O Brasil é um país em que a cultura por razões históricas está em construção. Não vamos importar preconceitos alheios a nós e vamos combater os que temos e que são muitos, sabendo que a forma é a educação, cuja linguagem principal não é a razão, mas o amor.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
29ª Bienal de São Paulo
“A 29ª Bienal de São Paulo está ancorada na ideia de que é impossível separar a arte da política. Essa impossibilidade se expressa no fato de que a arte, por meios que lhes são próprios, é capaz de interromper as coordenadas sensoriais com que entendemos e habitamos o mundo, inserindo nele temas e atitudes que ali não cabiam e tornando-o, assim, diferente e mais largo.” http://www.fbsp.org.br/29_bienal-pt.html
A 29ª Bienal de São Paulo iniciou-se dia 25 de setembro e vai até 12 dezembro de 2010. Como citado acima, Arte e Política são indissociados. No tópico anterior de nosso blog, tratamos do “bolsa cultura”, com discussões, às vezes acaloradas, sobre o tema. Entre os gregos antigos, todas as discussões filosóficas tinham por objetivo único a busca da verdade. O blog dessa semana, na verdade é uma lembrança: não deixem de visitar a Bienal de Arte de São Paulo. Cultura, Política e Arte caminham juntos. Não há como criarmos uma sociedade mais justa e igualitária sem que esses tópicos estejam na ordem do dia e, evidentemente, todos passam pela Educação. Walter Benjamin afirmava que a percepção artística também passa invariavelmente pela razão, ou seja, também é um aprendizado. Boa visitação a todos!
A 29ª Bienal de São Paulo iniciou-se dia 25 de setembro e vai até 12 dezembro de 2010. Como citado acima, Arte e Política são indissociados. No tópico anterior de nosso blog, tratamos do “bolsa cultura”, com discussões, às vezes acaloradas, sobre o tema. Entre os gregos antigos, todas as discussões filosóficas tinham por objetivo único a busca da verdade. O blog dessa semana, na verdade é uma lembrança: não deixem de visitar a Bienal de Arte de São Paulo. Cultura, Política e Arte caminham juntos. Não há como criarmos uma sociedade mais justa e igualitária sem que esses tópicos estejam na ordem do dia e, evidentemente, todos passam pela Educação. Walter Benjamin afirmava que a percepção artística também passa invariavelmente pela razão, ou seja, também é um aprendizado. Boa visitação a todos!
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
VALE CULTURA OU BOLSA CULTURA
Tramita no Congresso Nacional mais um projeto de criação de uma nova bolsa para a população brasileira no amplo projeto de ações afirmativas iniciado ainda na gestão FHC. Trata-se dessa vez do “bolsa cultura” que, segundo pesquisa feita pelo DATAFOLHA em parceria com a produtora cultural J. Leiva, conta com o apoio quase unânime dos entrevistados. O projeto prevê quase R$ 3 bilhões de gastos anuais. Em São Paulo, os entrevistados disseram que usarão esse dinheiro para, prioritariamente, comprar CDs e depois DVDs. O estilo mais citado é o Sertanejo. A título de informação, Balet e Museus estão nos últimos lugares de preferência do público consultado.
Como sabemos, o Brasil ocupa um péssimo lugar no IDH da ONU. Também sabemos que a Educação é bastante deficitária e a cultura, evidentemente, não é uma prioridade em situação tão delicada como a vivida pela maior parte da população brasileira.
Caros colegas: o que pensam dessa iniciativa?
Para maiores informações: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0711201017.htm
Como sabemos, o Brasil ocupa um péssimo lugar no IDH da ONU. Também sabemos que a Educação é bastante deficitária e a cultura, evidentemente, não é uma prioridade em situação tão delicada como a vivida pela maior parte da população brasileira.
Caros colegas: o que pensam dessa iniciativa?
Para maiores informações: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0711201017.htm
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
ELEITA A PRIMEIRA MULHER PRESIDENTE DO BRASIL
No último domingo, Dilma Rousseff tornou-se a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente da República no Brasil. Em sua opinião, você acha que esse fato pode significar uma maior ascensão social da mulher no país em sua busca de igualdade de direitos em relação aos homens?
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
“Rodeio das Gordas, Geisy e eleições para presidente”
InterUnesp, Araraquara, 10 a 13 de outubro de 2010. Um rapaz aproxima-se de uma garota obesa e, através de uma conversa aparente como uma paquera prende a aluna para, juntamente com cerca de mais 50 alunos, participarem de um “Rodeio das Gordas” no qual o objetivo consistia em montar a aluna como um boi. O objetivo da atividade era permanecer o maior tempo possível sobre a aluna para ganhar um abadá e uma caneca. Aos gritos de “Pula, Gorda bandida!” a turba divertia-se, apesar dos protestos de um grupo contra o bullyng e das próprias vítimas. Até uma página do Orkut foi criada para documentar o evento.
Tal fato nos recorda o ocorrido com a aluna Geisy que, como todos sabem, ao ir à Universidade como um vestido curto, escutou frases como “Vamos estuprar!” entre outras agressões.
Na década de 60, os estudantes embebidos pelos ideais da contracultura reuniam-se, festejavam, amavam e celebravam a liberdade com poesia, música e arte, mesmo com uma Ditadura Militar nas costas. Muitos morreram para que pudéssemos vivenciar a democracia, a liberdade de expressão e de costumes contra a cruzada moral conservadora ditatorial do período. Hoje temos a liberdade, os estudantes possuem ferramentas tecnológicas capazes de lançar em tempo real suas idéias, obras e produções ao planeta, o direito de eleger e de ser eleito, inclusive para presidente. É muito triste assistir episódios como esse que nos lembra as agressões às minorias ao longo da História, a chacota sofrida por negros, judeus, índios, nordestinos, homossexuais e agora as obesas. Quem será a próxima vítima?
Para ler o ocorrido:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2710201001.htm
Tal fato nos recorda o ocorrido com a aluna Geisy que, como todos sabem, ao ir à Universidade como um vestido curto, escutou frases como “Vamos estuprar!” entre outras agressões.
Na década de 60, os estudantes embebidos pelos ideais da contracultura reuniam-se, festejavam, amavam e celebravam a liberdade com poesia, música e arte, mesmo com uma Ditadura Militar nas costas. Muitos morreram para que pudéssemos vivenciar a democracia, a liberdade de expressão e de costumes contra a cruzada moral conservadora ditatorial do período. Hoje temos a liberdade, os estudantes possuem ferramentas tecnológicas capazes de lançar em tempo real suas idéias, obras e produções ao planeta, o direito de eleger e de ser eleito, inclusive para presidente. É muito triste assistir episódios como esse que nos lembra as agressões às minorias ao longo da História, a chacota sofrida por negros, judeus, índios, nordestinos, homossexuais e agora as obesas. Quem será a próxima vítima?
Para ler o ocorrido:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2710201001.htm
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
ITAMAR ASSUMPÇÃO E A CAIXA PRETA
Finalmente chegou a Caixa Preta de Itamar Assumpção! Trata-se da coletânea de todos os discos (12 CDS) de Itamar Assumpção, poeta, cantor, compositor e talvez o mais emblemático expoente da “Música de Vanguarda Paulista” da década de 80. Nascido em Tietê, Itamar juntamente com a Banda “Isca de Polícia”, lança o LP “Beleléu Leléu Eu” em 1980 após passagem pelo grupo de Arrigo Barnabé, no qual era contra-baixista. A Caixa Preta é um projeto batalhado pela da família de Itamar Assumpção desde sua morte prematura em 2003 e finalmente finalizado juntamente com o selo SESCSP. Além das obras feitas em vida, essa caixa possui mais dois CDs de músicas inéditas Pretobrás II - Maldito Vírgula - 2010; e Pretobrás III - Devia ser proibido – 2010 que foram produzidos respectivamente por Beto Villares e Paulinho Lepetit.
Para comemorar tal feito, o SESCSP está promovendo diversos shows que iniciados na última 6af dia 15 de outubro e vai até dia 30. No último fim de semana, tivemos no palco, entre diversos artistas, Denise Assumpção, Arrigo Barnabé, Lenine, Serena Assumpção, Anelis Assumpção, Karina Bhur, Lelena e Simone Soul, além de Elke Maravilha.
Ainda há mais dois finais de semana! (Graças a Deus!). Teremos ainda as Orquídeas do Brasil, Naná Vasconcelos, Jards Macalé, Alzira e Tetê Espíndola entre outros iluminados.
Quem não conhece a obra de Itamar Assumpção, é uma excelente oportunidade. Para aqueles que tiveram a oportunidade de vê-lo em palco, é uma benção!
“Que tal se nós dois vivêssemos
Do jeito que nós quiséssemos,
Sem nada que aborrecesse - nos
Que tal se tudo tivéssemos (...)”
(Que tal o impossível - Pretobrás III - Devia ser proibido – 2010)
Para maiores informações e poder ouvir 4 músicas inéditas:
http://www.sescsp.org.br
Para comemorar tal feito, o SESCSP está promovendo diversos shows que iniciados na última 6af dia 15 de outubro e vai até dia 30. No último fim de semana, tivemos no palco, entre diversos artistas, Denise Assumpção, Arrigo Barnabé, Lenine, Serena Assumpção, Anelis Assumpção, Karina Bhur, Lelena e Simone Soul, além de Elke Maravilha.
Ainda há mais dois finais de semana! (Graças a Deus!). Teremos ainda as Orquídeas do Brasil, Naná Vasconcelos, Jards Macalé, Alzira e Tetê Espíndola entre outros iluminados.
Quem não conhece a obra de Itamar Assumpção, é uma excelente oportunidade. Para aqueles que tiveram a oportunidade de vê-lo em palco, é uma benção!
“Que tal se nós dois vivêssemos
Do jeito que nós quiséssemos,
Sem nada que aborrecesse - nos
Que tal se tudo tivéssemos (...)”
(Que tal o impossível - Pretobrás III - Devia ser proibido – 2010)
Para maiores informações e poder ouvir 4 músicas inéditas:
http://www.sescsp.org.br
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
TROPA DE ELITE 2, POLÍTICA E CULTURA
No primeiro final de semana desde o lançamento, Tropa de Elite 2 já desponta como o quinto maior público na História da exibição do cinema deste país, desbancando gigantes da cinematografia nacional e estrangeira nesse mesmo critério estatístico, com pouco mais de um milhão e duzentos mil espectadores. Tal feito já coloca José Padilha, Bráulio Mantovanni e Wagner Moura nos píncaros da Sétima Arte, mas creio que o conteúdo do filme nos remete a questões históricas e bastante atuais. Afinal, quando o Brasil encarará seus problemas estruturais de frente?
Sabemos que a desigualdade social nos impede de sermos uma grande nação. De cultura e economia ricas, a péssima distribuição de renda criou um sistema perverso de corrupções, favorecimentos e criminalidades exorbitantes. Ao procurar explicações, o filme coloca no colo dos espectadores a responsabilidade para a mudança necessária há séculos.
Todos esses problemas são na realidade oriundos de apenas um, a péssima distribuição de renda. Aquilo que é dado como propina é o que falta para a Educação, a única forma de ascensão social, juntamente com a distribuição de renda que passa inicialmente pela questão da posse da terra.
Com personagens ficcionais bastante conhecidos de nossa vida pública, o filme demonstra que temos um longo caminho para saldar a dívida social desse país.
Sabemos que a desigualdade social nos impede de sermos uma grande nação. De cultura e economia ricas, a péssima distribuição de renda criou um sistema perverso de corrupções, favorecimentos e criminalidades exorbitantes. Ao procurar explicações, o filme coloca no colo dos espectadores a responsabilidade para a mudança necessária há séculos.
Todos esses problemas são na realidade oriundos de apenas um, a péssima distribuição de renda. Aquilo que é dado como propina é o que falta para a Educação, a única forma de ascensão social, juntamente com a distribuição de renda que passa inicialmente pela questão da posse da terra.
Com personagens ficcionais bastante conhecidos de nossa vida pública, o filme demonstra que temos um longo caminho para saldar a dívida social desse país.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
MARINA, QUASE VINTE MILHÕES DE VOTOS E UMA DÚVIDA
Passado três dias das eleições de domingo passado, pós tiriricas, fichas-sujas, governadores eleitos em primeiro turno, segundo turno em alguns Estados, novos senadores e políticos tradicionais que abandonam a vida pública devido a fracassos eleitorais, a grande pergunta para o final da eleição mais importante, a de presidente é: qual dos dois candidatos Marina Silva vai apoiar ou se optará pela neutralidade?
Até o momento, os analistas dizem que existe uma total incógnita. Proponho levantar alguns temas sobre este fenômeno. Os eleitores de Marina abrangem um descontentamento e um perfil bastante heterogêneo. Vão desde eleitores de maior escolaridade, dos centros urbanos, que ideologicamente vêem na sustentabilidade o caminho do terceiro milênio para o Brasil e o mundo, mas também os eleitores evangélicos (25% da população brasileira), aqueles que eram petistas e se decepcionaram com as opções e condutas do partido do ponto de vista ético nos últimos 8 anos e eleitores que não concordam com o modelo neoliberal da Era FHC.
Para que os eleitores pendam por Dilma ou Serra, Marina Silva deve abraçar, literalmente, um ou outro, pois seus eleitores não possuem motivos facilmente aparentes para apoiar alguma das candidaturas. Marina deve criá-lo. Dada essa heterogeneidade do perfil dos eleitores “verdes”, uma possível neutralidade seria indesejada e soaria como um “calar-se”, um “lavar de mãos”. Marina deve, ao posicionar-se, exigir do candidato, seja qual for, um compromisso, ou melhor, um acordo em relação à adoção de novos modelos sócio-econômicos que tenham como esteio a sustentabilidade através de medidas concretas em relação à construção de novos tipos de usinas para obtenção de energia que não agridam o meio-ambiente e em relação à nova lei ambiental, que praticamente libera o desmatamento e anistia as dívidas de mega empresários do agronegócio.
Vamos acompanhar os próximos capítulos e agir atentamente.
Até o momento, os analistas dizem que existe uma total incógnita. Proponho levantar alguns temas sobre este fenômeno. Os eleitores de Marina abrangem um descontentamento e um perfil bastante heterogêneo. Vão desde eleitores de maior escolaridade, dos centros urbanos, que ideologicamente vêem na sustentabilidade o caminho do terceiro milênio para o Brasil e o mundo, mas também os eleitores evangélicos (25% da população brasileira), aqueles que eram petistas e se decepcionaram com as opções e condutas do partido do ponto de vista ético nos últimos 8 anos e eleitores que não concordam com o modelo neoliberal da Era FHC.
Para que os eleitores pendam por Dilma ou Serra, Marina Silva deve abraçar, literalmente, um ou outro, pois seus eleitores não possuem motivos facilmente aparentes para apoiar alguma das candidaturas. Marina deve criá-lo. Dada essa heterogeneidade do perfil dos eleitores “verdes”, uma possível neutralidade seria indesejada e soaria como um “calar-se”, um “lavar de mãos”. Marina deve, ao posicionar-se, exigir do candidato, seja qual for, um compromisso, ou melhor, um acordo em relação à adoção de novos modelos sócio-econômicos que tenham como esteio a sustentabilidade através de medidas concretas em relação à construção de novos tipos de usinas para obtenção de energia que não agridam o meio-ambiente e em relação à nova lei ambiental, que praticamente libera o desmatamento e anistia as dívidas de mega empresários do agronegócio.
Vamos acompanhar os próximos capítulos e agir atentamente.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
O DIA CHEGOU!
Em Atenas durante o período clássico, a democracia era a forma dos cidadãos gerirem sua cidade. Na Acrópole, debates entre cidadãos decidiam os rumos dessa pólis grega e eram assistidos por todos. Nesses debates, filósofos, oradores, políticos e membros da comunidade explanavam suas idéias em discussões acaloradas. O interessante nesses debates democráticos e filosóficos era a busca da verdade, o fazer política era uma das maneiras de como os habitantes da pólis se relacionavam em público.
Sócrates, pai da maiêutica, “a arte de interrogar”, sempre dizia que em uma discussão, o objetivo dos confrontantes não era a de ter razão e o opositor não, ou a vitória pessoal e a derrota de seu interlocutor, mas a busca da verdade. Nesse raciocínio, debates servem então para buscar soluções e a verdade em conjunto, não a luta pelo poder.
Neste próximo domingo teremos mais uma eleição no Brasil democrático e, como a maioria dos brasileiros, assisto atônito a embates televisivos entre os principais candidatos nos quais vemos uma clara disputa pelo poder, não a busca por melhores idéias, propostas de governo ou mesmo a verdade. Na maior parte das vezes, fica nítida a ausência desta, a verdade, na fala dos candidatos em meio a números e jogos de cena enfáticos e nos parece falasiosamente que o país vive um período de florescimento sócio-cultural único, bem diferente da realidade que todos conhecemos. Afinal do que falam? Falam do poder. Michel Focault, em obras como “A microfísica do poder” e “Vigiar e punir”, demonstra que o poder é sempre uma relação, quem exerce e quem sofre, e este, o poder, sempre se manifesta através do discurso.
Muitos lutaram e deram a vida para que possamos vivenciar a democracia. Não vamos deixá-la nas mãos de pessoas que pensam apenas em vantagens pessoais e cujo único objetivo é o exercício do poder.
Boa eleição!
Sócrates, pai da maiêutica, “a arte de interrogar”, sempre dizia que em uma discussão, o objetivo dos confrontantes não era a de ter razão e o opositor não, ou a vitória pessoal e a derrota de seu interlocutor, mas a busca da verdade. Nesse raciocínio, debates servem então para buscar soluções e a verdade em conjunto, não a luta pelo poder.
Neste próximo domingo teremos mais uma eleição no Brasil democrático e, como a maioria dos brasileiros, assisto atônito a embates televisivos entre os principais candidatos nos quais vemos uma clara disputa pelo poder, não a busca por melhores idéias, propostas de governo ou mesmo a verdade. Na maior parte das vezes, fica nítida a ausência desta, a verdade, na fala dos candidatos em meio a números e jogos de cena enfáticos e nos parece falasiosamente que o país vive um período de florescimento sócio-cultural único, bem diferente da realidade que todos conhecemos. Afinal do que falam? Falam do poder. Michel Focault, em obras como “A microfísica do poder” e “Vigiar e punir”, demonstra que o poder é sempre uma relação, quem exerce e quem sofre, e este, o poder, sempre se manifesta através do discurso.
Muitos lutaram e deram a vida para que possamos vivenciar a democracia. Não vamos deixá-la nas mãos de pessoas que pensam apenas em vantagens pessoais e cujo único objetivo é o exercício do poder.
Boa eleição!
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
MUITA LUZ COM O FIM DO TÚNEL
“MUITA LUZ COM O FIM DO TÚNEL”: São Paulo 18 de setembro de 2010.
Em um sábado típico de inverno em São Paulo, um grupo de moradores exerciam sua cidadania e seu direito de gerir sua comunidade. Tratou-se do aniversário de 31 anos do Parque Previdência, região do Butantã, um parque com uma das poucas áreas remanescentes de Mata Atlântica dentro da cidade de São Paulo.
Os conceitos de “qualidade de vida” e de “sustentabilidade” estão na ordem do dia da contemporaneidade e em todos que buscam reverter o processo de degradação ambiental que o modelo de desenvolvimento urbano industrial do séc. XIX causou. No entanto, ainda as pressões e interesses de grandes corporações prevalecem sobre o desejo da maioria, daí a importância do evento realizado nesse último sábado. Moradores, amigos e pessoas engajadas na proposta de vivermos uma nova forma de sociabilidade, calcada nos conceitos acima, reuniram-se não apenas para comemorar o aniversário do parque, mas principalmente para se posicionarem contra um projeto absurdo de construção de um mega túnel que pretende ligar a Av. Corifeu de Azevedo Marques a Av. Eliseu de Almeida, destruindo parte da Praça Elis Regina ao lado da USP e passando por debaixo do Parque Previdência destruindo também uma boa parte da Mata Atlântica. Estudos indicam que nesta área de várzea do córrego Pirajussara, uma maior impermeabilização causará um aumento das enchentes, além de causar a destruição de nascentes no Parque e a morte de várias espécies de árvores e de animais que ali vivem como corujas, pica-paus e um Jequitibá de mais de 200 anos de idade.
Afinal de contas, a quem interessa tal projeto? A pressão do mercado imobiliário e das grandes empreiteiras, as mesmas por detrás dos principais casos de corrupção neste país. Uma lógica perversa que causou o engajamento dessas pessoas presentes no Parque da Previdência neste último sábado contra esse sistema meramente mercadológico e que atende aos interesses de poucos privilegiados.
Nos shows musicais, contamos com o privilégio de vermos pessoas como Luiz Tatit, Ná Ozzetti, Vange Milliet, Paulinho Le Petit, Suzana Salles, Alice Ruiz, Alzira Espindola e José Miguel Wisnik, moradores, amigos e pessoas que acreditam na premissa de que o diálogo com o poder público e o direito da comunidade de participar no planejamento da cidade é inalienável. Ou ocupamos nosso espaço, ou grupos poderosos continuarão fazendo da cidade o que bem entendem, com o único objetivo de manter as coisas como estão.
Foi um privilégio testemunhar o encontro de pessoas que ainda olham nos olhos, que se abraçam e que se juntam sem ganhar absolutamente nada para defender o direito das gerações futuras de vivenciarem um dos poucos resquícios de Mata Atlântica e de demonstrarem que é possível uma nova forma de convivência mais humana e feliz.
“Quando bater no coração no coração
quatro pancadas e depois um bis,
pode escrever, não falha não,
é a tentação de ser muito feliz”
Luiz Tatit
Para saber mais: www.butanta.com.br.
Existe também um abaixo assinado com o nome preciso de "Muita Luz com o Fim do Túnel". Av. Prof. Lucas de Assumpção, 5 - sala 3
em cima da padaria Rainha da Vila Gomes, na Pça Elis Regina das 9 às 18 hs.
Há também outros movimentos importantes e da mesma natureza sobre a construção do “Monotrilho”, para a preservação do “Pequeninos do Jockey” e do “Parque da Água Branca”.
Toda ajuda é bem vinda.
Em um sábado típico de inverno em São Paulo, um grupo de moradores exerciam sua cidadania e seu direito de gerir sua comunidade. Tratou-se do aniversário de 31 anos do Parque Previdência, região do Butantã, um parque com uma das poucas áreas remanescentes de Mata Atlântica dentro da cidade de São Paulo.
Os conceitos de “qualidade de vida” e de “sustentabilidade” estão na ordem do dia da contemporaneidade e em todos que buscam reverter o processo de degradação ambiental que o modelo de desenvolvimento urbano industrial do séc. XIX causou. No entanto, ainda as pressões e interesses de grandes corporações prevalecem sobre o desejo da maioria, daí a importância do evento realizado nesse último sábado. Moradores, amigos e pessoas engajadas na proposta de vivermos uma nova forma de sociabilidade, calcada nos conceitos acima, reuniram-se não apenas para comemorar o aniversário do parque, mas principalmente para se posicionarem contra um projeto absurdo de construção de um mega túnel que pretende ligar a Av. Corifeu de Azevedo Marques a Av. Eliseu de Almeida, destruindo parte da Praça Elis Regina ao lado da USP e passando por debaixo do Parque Previdência destruindo também uma boa parte da Mata Atlântica. Estudos indicam que nesta área de várzea do córrego Pirajussara, uma maior impermeabilização causará um aumento das enchentes, além de causar a destruição de nascentes no Parque e a morte de várias espécies de árvores e de animais que ali vivem como corujas, pica-paus e um Jequitibá de mais de 200 anos de idade.
Afinal de contas, a quem interessa tal projeto? A pressão do mercado imobiliário e das grandes empreiteiras, as mesmas por detrás dos principais casos de corrupção neste país. Uma lógica perversa que causou o engajamento dessas pessoas presentes no Parque da Previdência neste último sábado contra esse sistema meramente mercadológico e que atende aos interesses de poucos privilegiados.
Nos shows musicais, contamos com o privilégio de vermos pessoas como Luiz Tatit, Ná Ozzetti, Vange Milliet, Paulinho Le Petit, Suzana Salles, Alice Ruiz, Alzira Espindola e José Miguel Wisnik, moradores, amigos e pessoas que acreditam na premissa de que o diálogo com o poder público e o direito da comunidade de participar no planejamento da cidade é inalienável. Ou ocupamos nosso espaço, ou grupos poderosos continuarão fazendo da cidade o que bem entendem, com o único objetivo de manter as coisas como estão.
Foi um privilégio testemunhar o encontro de pessoas que ainda olham nos olhos, que se abraçam e que se juntam sem ganhar absolutamente nada para defender o direito das gerações futuras de vivenciarem um dos poucos resquícios de Mata Atlântica e de demonstrarem que é possível uma nova forma de convivência mais humana e feliz.
“Quando bater no coração no coração
quatro pancadas e depois um bis,
pode escrever, não falha não,
é a tentação de ser muito feliz”
Luiz Tatit
Para saber mais: www.butanta.com.br.
Existe também um abaixo assinado com o nome preciso de "Muita Luz com o Fim do Túnel". Av. Prof. Lucas de Assumpção, 5 - sala 3
em cima da padaria Rainha da Vila Gomes, na Pça Elis Regina das 9 às 18 hs.
Há também outros movimentos importantes e da mesma natureza sobre a construção do “Monotrilho”, para a preservação do “Pequeninos do Jockey” e do “Parque da Água Branca”.
Toda ajuda é bem vinda.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Darcy Ribeiro, Desigualdade Social e Educação
Darcy Ribeiro, Desigualdade Social e Educação
Darcy Ribeiro, em sua obra O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. (Companhia das Letras, 2005), demonstra que o abismo da desigualdade social no Brasil só pode ser sanado a partir de duas ações primordiais: Reforma Agrária e Educação. Em relação à primeira, ele explica que até os Estados Unidos já haviam feito a sua no séc. XIX e que a pequena propriedade nas mãos de famílias aumenta a produtividade, fixa o homem no campo e, acrescento, viabiliza a agricultura orgânica. Já sobre a Educação, o cientista por detrás da Criação da Universidade de Brasília (UNB) e que foi Secretário da Educação do Estado do Rio de Janeiro na época da implantação dos CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública) nos idos da década de 80 sob o governo de Leonel Brizola, afirmava categoricamente como única saída para a promoção da igualdade social.
Em pleno século XXI, a Educação no Brasil continua aquém de suas necessidades e em todos os níveis. Dados recentes do CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) do MEC apontam que, apesar do aumento da oferta de cursos de Mestrado e Doutorado, apenas 4,1% dos 4.099 programas avaliados obtiveram a nota máxima, 7 e que 35% foram avaliados como ruim ou regular. De todos os programas, 75 devem ser descredenciados pelo MEC.
Tais dados nos fazem pensar, afinal, estamos em pleno ano eleitoral. Qual a verdadeira proposta para Educação dos candidatos a Presidência da República? Sabemos que a Educação é dever do Estado, aliás, segundo essa mesma avaliação, o CAPES informa que dos 112 programas que tiraram a nota máxima no país, 29% são da USP e UNICAMP, Universidade Públicas. Antes de votar, procure saber as propostas para a Educação, chave para fazer dessa “vergonha uma nação” (Caetano Veloso).
Fonte:
http://www.capes.gov.br/avaliacao/relatorios-de-avaliacao/2287
Darcy Ribeiro, em sua obra O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. (Companhia das Letras, 2005), demonstra que o abismo da desigualdade social no Brasil só pode ser sanado a partir de duas ações primordiais: Reforma Agrária e Educação. Em relação à primeira, ele explica que até os Estados Unidos já haviam feito a sua no séc. XIX e que a pequena propriedade nas mãos de famílias aumenta a produtividade, fixa o homem no campo e, acrescento, viabiliza a agricultura orgânica. Já sobre a Educação, o cientista por detrás da Criação da Universidade de Brasília (UNB) e que foi Secretário da Educação do Estado do Rio de Janeiro na época da implantação dos CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública) nos idos da década de 80 sob o governo de Leonel Brizola, afirmava categoricamente como única saída para a promoção da igualdade social.
Em pleno século XXI, a Educação no Brasil continua aquém de suas necessidades e em todos os níveis. Dados recentes do CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) do MEC apontam que, apesar do aumento da oferta de cursos de Mestrado e Doutorado, apenas 4,1% dos 4.099 programas avaliados obtiveram a nota máxima, 7 e que 35% foram avaliados como ruim ou regular. De todos os programas, 75 devem ser descredenciados pelo MEC.
Tais dados nos fazem pensar, afinal, estamos em pleno ano eleitoral. Qual a verdadeira proposta para Educação dos candidatos a Presidência da República? Sabemos que a Educação é dever do Estado, aliás, segundo essa mesma avaliação, o CAPES informa que dos 112 programas que tiraram a nota máxima no país, 29% são da USP e UNICAMP, Universidade Públicas. Antes de votar, procure saber as propostas para a Educação, chave para fazer dessa “vergonha uma nação” (Caetano Veloso).
Fonte:
http://www.capes.gov.br/avaliacao/relatorios-de-avaliacao/2287
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Para a construção de uma Ética Global
Desde a Revolução Francesa de 1789 e a promulgação dos Direitos Universais do Homem e do cidadão, assistiu-se no mundo o nascimento de uma tendência de criação de uma Ética global. O referido documento serviu de base para a criação dos Direitos Humanos, leis inalienáveis que asseguram ao indivíduo um tratamento digno em qualquer circunstância. Criada em 10 de dezembro de 1948 pela ONU, a “Declaração Universal dos Direitos Humanos” determina logo na primeira parte de seu preâmbulo que “(...)o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”.
Infelizmente, o mundo assiste atônito a mais um processo de assassinato à pedradas de uma mulher, Sakineh Mohammadi Ashtiani de 43 anos, acusada de adultério e de ter participado da morte de seu marido no Irã.
Em pleno século XXI e a partir de direitos universais que caminham para a já citada “Ética Global”, é inadmissível que alguém seja condenado à morte por apedrejamento. De acordo com o Comitê Internacional Contra Apedrejamento, uma ONG que procura com dificuldades monitorar essa prática no Irã, existe ao menos 25 pessoas na mesma situação de Sakineh.
Infelizmente não é apenas o Irã que adota tal prática, Sudão e Nigéria também aplicam essa mesma pena, muitas vezes sem julgamento e às vezes pelas mãos da própria família.
O presidente Lula apelou ao Governo Iraniano para que não se aplique a sentença e ofereceu asilo político. Em uma época globalizada, temos de perceber que a globalização não é apenas um movimento mercadológico, mas principalmente cultural. A promoção da paz envolve a construção de uma Ética universal e nela, com certeza, o apedrejamento não faz parte.
Fonte:
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,25-pessoas-aguardam-execucao-por-apedrejamento-no-ira-estima-ong,591270,0.htm
http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm
Infelizmente, o mundo assiste atônito a mais um processo de assassinato à pedradas de uma mulher, Sakineh Mohammadi Ashtiani de 43 anos, acusada de adultério e de ter participado da morte de seu marido no Irã.
Em pleno século XXI e a partir de direitos universais que caminham para a já citada “Ética Global”, é inadmissível que alguém seja condenado à morte por apedrejamento. De acordo com o Comitê Internacional Contra Apedrejamento, uma ONG que procura com dificuldades monitorar essa prática no Irã, existe ao menos 25 pessoas na mesma situação de Sakineh.
Infelizmente não é apenas o Irã que adota tal prática, Sudão e Nigéria também aplicam essa mesma pena, muitas vezes sem julgamento e às vezes pelas mãos da própria família.
O presidente Lula apelou ao Governo Iraniano para que não se aplique a sentença e ofereceu asilo político. Em uma época globalizada, temos de perceber que a globalização não é apenas um movimento mercadológico, mas principalmente cultural. A promoção da paz envolve a construção de uma Ética universal e nela, com certeza, o apedrejamento não faz parte.
Fonte:
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,25-pessoas-aguardam-execucao-por-apedrejamento-no-ira-estima-ong,591270,0.htm
http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Dia Mundial sem carro: a bicicleta como alternativa ao trânsito de São Paulo e as Ghost Bikes
No próximo dia 22 de Setembro ocorre o dia mundial sem carro, evento que começou em São Paulo em 2004. Como todos sabem, a principal causa de poluição atmosférica em São Paulo advém de sua frota de veículos, da própria metrópole e de quem passa pela cidade. Diante do caos do trânsito, da ínfima quilometragem do metro e também por uma necessidade premente de fugir do sedentarismo, muitos paulistanos há tempos demonstram sua indignação à ditadura do automóvel utilizando-se da magrela como meio de transporte.
Diante da ineficiência de um transporte público de qualidade, uma hegemonia individualizada do carro e a falta de infra-estrutura para ciclistas com parcos 23,5 km de ciclovias, cuja maior parte é usada apenas para o lazer nos finais de semana (esse número cai para 0 km se for considerada a definição do Código Brasileiro de Trânsito sobre o que é uma ciclovia), a opção pela bike como meio de transporte demonstra não apenas uma indignação com o estado atual das coisas, mas também representa uma mudança de paradigma e um ato de profunda coragem.
Através de associações de ciclistas como a “Ciclocidade” http://www.ciclocidade.org.br/noticias, entre outras, há uma mobilização cada vez maior de cidadãos que exigem do poder público políticas que de fato incentivem e garantam a segurança para quem opta pela bicicleta como meio de transporte. Para entendermos como São Paulo nesse aspecto é bem atrasada, o Rio de Janeiro possui 140 km de ciclovias e é considerado ineficiente, mas em Bogotá são mais de 300 km, Paris criou um sistema de utilização da bike associada ao metro, Berlim é uma das cidades no mundo que mais incentiva o uso da bicicleta e Nova York possui mais de 600 km de ciclovias.
Segundo estimativas do Ibope/Nossa São Paulo, a cidade possui cerca de 370 mil adeptos ao ciclismo urbano. Mas esse número é bem maior se considerarmos que, pode ser entendido como um ciclista urbano, aquele que se utiliza da magrela como deslocamento de casa para o trabalho ao menos uma vez por semana.
Apesar das inúmeras vantagens sobre a opção da bike como meio de transporte (saúde, rapidez no trânsito nos horários de pico, sociabilização e mudança do “olhar” para a cidade), o descaso do poder público fez chegar a São Paulo as chamadas “Ghost Bikes”, bicicletas de cor branca que são instaladas em locais nos quais ocorreram acidentes fatais com ciclistas. Trata-se de um memorial e um protesto para lembrar a todos que um ciclista morreu devido a pressa de alguém motorizado e estressado.
Em São Paulo são 4 os locais: na Av. Luis Carlos Berrini em 2007 (que foi removida logo nos primeiros dias), na Av. Paulista em janeiro 2009 quando Márcia Prado foi assassinada por um motorista de ônibus e encontra-se lá até hoje e serve como ponto de encontro de ciclistas da “Bicicletada”, a terceira também em 2009, em novembro onde morreram o ciclista Fernando Martins Couto e o gari Antônio Ribeiro, também atropelados por um ônibus e a quarta em março de 2010 quando Seu Manoel, um senhor de 53, foi atropelado por um motociclista em alta velocidade que passava pela pista de uso exclusivo dos ônibus com o sinal fechado, matando o ciclista que aguardava para atravessar na Av. Vereador José Diniz. Esta Ghost Bike ainda permanece em local alto e visível.
O poder público não pode ignorar seu papel. Deve garantir o direito dos ciclistas de usarem as bicicletas como meio de transporte. Mais informações: http://blig.ig.com.br/freeride/category/bicicleta-e-transporte/
Trailler do movimento:
Diante da ineficiência de um transporte público de qualidade, uma hegemonia individualizada do carro e a falta de infra-estrutura para ciclistas com parcos 23,5 km de ciclovias, cuja maior parte é usada apenas para o lazer nos finais de semana (esse número cai para 0 km se for considerada a definição do Código Brasileiro de Trânsito sobre o que é uma ciclovia), a opção pela bike como meio de transporte demonstra não apenas uma indignação com o estado atual das coisas, mas também representa uma mudança de paradigma e um ato de profunda coragem.
Através de associações de ciclistas como a “Ciclocidade” http://www.ciclocidade.org.br/noticias, entre outras, há uma mobilização cada vez maior de cidadãos que exigem do poder público políticas que de fato incentivem e garantam a segurança para quem opta pela bicicleta como meio de transporte. Para entendermos como São Paulo nesse aspecto é bem atrasada, o Rio de Janeiro possui 140 km de ciclovias e é considerado ineficiente, mas em Bogotá são mais de 300 km, Paris criou um sistema de utilização da bike associada ao metro, Berlim é uma das cidades no mundo que mais incentiva o uso da bicicleta e Nova York possui mais de 600 km de ciclovias.
Segundo estimativas do Ibope/Nossa São Paulo, a cidade possui cerca de 370 mil adeptos ao ciclismo urbano. Mas esse número é bem maior se considerarmos que, pode ser entendido como um ciclista urbano, aquele que se utiliza da magrela como deslocamento de casa para o trabalho ao menos uma vez por semana.
Apesar das inúmeras vantagens sobre a opção da bike como meio de transporte (saúde, rapidez no trânsito nos horários de pico, sociabilização e mudança do “olhar” para a cidade), o descaso do poder público fez chegar a São Paulo as chamadas “Ghost Bikes”, bicicletas de cor branca que são instaladas em locais nos quais ocorreram acidentes fatais com ciclistas. Trata-se de um memorial e um protesto para lembrar a todos que um ciclista morreu devido a pressa de alguém motorizado e estressado.
Em São Paulo são 4 os locais: na Av. Luis Carlos Berrini em 2007 (que foi removida logo nos primeiros dias), na Av. Paulista em janeiro 2009 quando Márcia Prado foi assassinada por um motorista de ônibus e encontra-se lá até hoje e serve como ponto de encontro de ciclistas da “Bicicletada”, a terceira também em 2009, em novembro onde morreram o ciclista Fernando Martins Couto e o gari Antônio Ribeiro, também atropelados por um ônibus e a quarta em março de 2010 quando Seu Manoel, um senhor de 53, foi atropelado por um motociclista em alta velocidade que passava pela pista de uso exclusivo dos ônibus com o sinal fechado, matando o ciclista que aguardava para atravessar na Av. Vereador José Diniz. Esta Ghost Bike ainda permanece em local alto e visível.
O poder público não pode ignorar seu papel. Deve garantir o direito dos ciclistas de usarem as bicicletas como meio de transporte. Mais informações: http://blig.ig.com.br/freeride/category/bicicleta-e-transporte/
Trailler do movimento:
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Humor censurado
No último domingo, 22/08, ocorreu a passeata intitulada “Humor Sem Censura”, organizada pelo grupo “Comédia em Pé”. Partindo do Hotel Copacabana Palace às 16h, cerca de 400 pessoas, entre elas comediantes de programas humorísticos como “O Pânico”, “Casseta e Planeta” e “CQC”, percorreram parte da orla do Rio, arrecadando assinaturas para serem enviadas ao ministro da Cultura Juca Ferreira, solicitando o fim do artigo 28 da lei 9504/1997 que veta o uso de “trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido político ou coligação" em período eleitoral (http://ultimosegundo.ig.com.br).
Tal acontecimento nos faz pensar no conceito de liberdade, no caso, de expressão. Como sabemos, a base da democracia assenta-se no cidadão, aquele que possui o poder de eleger e de ser eleito. Em meio a tantos escândalos recorrentes da prática endêmica de “politicagem”, esquece-se da definição de “política”. Para os gregos antigos, a política é a prática por excelência do cidadão, o habitante da polis (cidade) grega, a mais elevada arte da comunicação entre os homens. A troca de idéias, o debate, as propostas para melhoria da vida em comum, passam necessariamente pela livre expressão de pensamentos e de críticas. A forma mais sagaz da crítica é o humor. Próprio das pessoas inteligentes, o humor é uma virtude essencial à composição da maior de todas as virtudes, o amor.
Em meio a não observância da lei “Ficha Limpa” em pleno período eleitoral, a censura ao humor político revela muito mais do que a manutenção de uma lei anacrônica e sem sentido: demonstra a manutenção de uma forma sórdida de poder, o da perpetuação dos interesses de poderosos grupos econômicos, que lucram em muito com a manutenção de representantes políticos que insistem em fazer “politicagem” e não “política”. Creio que o humor tem muito a fazer para ajudar a desmascarar esse tipo de candidato. Estão levando a política muito a sério?
Confira a entrevista de Daniel Gentil durante a passeata no link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=3bpJyzx179E
Boa semana a todos!
Charles.
Tal acontecimento nos faz pensar no conceito de liberdade, no caso, de expressão. Como sabemos, a base da democracia assenta-se no cidadão, aquele que possui o poder de eleger e de ser eleito. Em meio a tantos escândalos recorrentes da prática endêmica de “politicagem”, esquece-se da definição de “política”. Para os gregos antigos, a política é a prática por excelência do cidadão, o habitante da polis (cidade) grega, a mais elevada arte da comunicação entre os homens. A troca de idéias, o debate, as propostas para melhoria da vida em comum, passam necessariamente pela livre expressão de pensamentos e de críticas. A forma mais sagaz da crítica é o humor. Próprio das pessoas inteligentes, o humor é uma virtude essencial à composição da maior de todas as virtudes, o amor.
Em meio a não observância da lei “Ficha Limpa” em pleno período eleitoral, a censura ao humor político revela muito mais do que a manutenção de uma lei anacrônica e sem sentido: demonstra a manutenção de uma forma sórdida de poder, o da perpetuação dos interesses de poderosos grupos econômicos, que lucram em muito com a manutenção de representantes políticos que insistem em fazer “politicagem” e não “política”. Creio que o humor tem muito a fazer para ajudar a desmascarar esse tipo de candidato. Estão levando a política muito a sério?
Confira a entrevista de Daniel Gentil durante a passeata no link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=3bpJyzx179E
Boa semana a todos!
Charles.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Dica da semana! Filme: "Uma noite em 67"
A década de 60 representa o ápice de um movimento planetário conhecido como “Contracultura”. Iniciado nos Estados Unidos, o descontentamento dos jovens com os rumos que a humanidade trilhava durante a Guerra Fria, principalmente em oposição à Guerra do Vietnã, foram expressos em movimentos sociais embalados pela máxima “Faça Amor não faça guerra” e regado a muito rock.
No Brasil, em plena Ditadura Militar, ocorre em 1967 o Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, no qual nomes de peso da cultura brasileira iniciavam suas carreiras como Gilberto Gil, Chico Buarque, Os Mutantes e Caetano Veloso. O filme de Renato Terra e Ricardo Calil “Uma noite em 67” está em cartaz na cidade e traz registros da época do emblemático festival, com cenas e entrevistas dos bastidores, antevendo o que viria a ser o “Tropicalismo”, nossa mais generosa contribuição a “Contracultura” e talvez a mais bela reação à Ditadura Militar que assolou nosso país de 1964 a 1985.
Sugiro a todos que queiram conhecer mais sobre esse período e sobre a cultura brasileira que vejam o documentário antes que sai de cartaz para dar lugar a mais um enlatado Stallone que insiste em dizer que no Brasil se pode explodir o que quiser e ainda receber um macaco de presente. Lamentável...
No Brasil, em plena Ditadura Militar, ocorre em 1967 o Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, no qual nomes de peso da cultura brasileira iniciavam suas carreiras como Gilberto Gil, Chico Buarque, Os Mutantes e Caetano Veloso. O filme de Renato Terra e Ricardo Calil “Uma noite em 67” está em cartaz na cidade e traz registros da época do emblemático festival, com cenas e entrevistas dos bastidores, antevendo o que viria a ser o “Tropicalismo”, nossa mais generosa contribuição a “Contracultura” e talvez a mais bela reação à Ditadura Militar que assolou nosso país de 1964 a 1985.
Sugiro a todos que queiram conhecer mais sobre esse período e sobre a cultura brasileira que vejam o documentário antes que sai de cartaz para dar lugar a mais um enlatado Stallone que insiste em dizer que no Brasil se pode explodir o que quiser e ainda receber um macaco de presente. Lamentável...
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Vamos ao que interessa?
Comentário do edital do Jornal Folha de São Paulo do dia 01/08/2010 da jornalista Eliane Cantanhêde intitulado "Vamos ao que interessa?".
A jornalista foi bastante feliz em suas colocações quanto ao caminhamento da disputa presidencial. Enquanto os principais candidatos oferecem aos eleitores denúncias de caráter pessoal e eleitoreiro a seus adversários, os pontos principais que nós eleitores desejamos saber, não são comentados.
Dois exemplos citados no editorial merecem destaque. O primeiro trata dos dados revelados pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) acerca da posição do Brasil em desigualdade de renda, o terceiro pior colocado no mundo, ao lado do Equador. O segundo trata da questão da Educação (sempre ela!), na qual o Brasil possui uma nota anual de 4,6 segundo o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Alerta a jornalista, que o Brasil dificilmente atingirá a meta de obter uma nota 6 até 2011.
Diante destas questões, os candidatos deveriam ir direto ao assunto, ao que interessa a nós brasileiros: como reverter essa histórica desigualdade social que reina no Brasil há séculos?
Para ler o edital, acesse o link abaixo:
https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/8/1/vamos-ao-que-interessa
A jornalista foi bastante feliz em suas colocações quanto ao caminhamento da disputa presidencial. Enquanto os principais candidatos oferecem aos eleitores denúncias de caráter pessoal e eleitoreiro a seus adversários, os pontos principais que nós eleitores desejamos saber, não são comentados.
Dois exemplos citados no editorial merecem destaque. O primeiro trata dos dados revelados pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) acerca da posição do Brasil em desigualdade de renda, o terceiro pior colocado no mundo, ao lado do Equador. O segundo trata da questão da Educação (sempre ela!), na qual o Brasil possui uma nota anual de 4,6 segundo o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Alerta a jornalista, que o Brasil dificilmente atingirá a meta de obter uma nota 6 até 2011.
Diante destas questões, os candidatos deveriam ir direto ao assunto, ao que interessa a nós brasileiros: como reverter essa histórica desigualdade social que reina no Brasil há séculos?
Para ler o edital, acesse o link abaixo:
https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/8/1/vamos-ao-que-interessa
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