quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Vamos ao que interessa?

Comentário do edital do Jornal Folha de São Paulo do dia 01/08/2010 da jornalista Eliane Cantanhêde intitulado "Vamos ao que interessa?".

A jornalista foi bastante feliz em suas colocações quanto ao caminhamento da disputa presidencial. Enquanto os principais candidatos oferecem aos eleitores denúncias de caráter pessoal e eleitoreiro a seus adversários, os pontos principais que nós eleitores desejamos saber, não são comentados.
Dois exemplos citados no editorial merecem destaque. O primeiro trata dos dados revelados pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) acerca da posição do Brasil em desigualdade de renda, o terceiro pior colocado no mundo, ao lado do Equador. O segundo trata da questão da Educação (sempre ela!), na qual o Brasil possui uma nota anual de 4,6 segundo o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Alerta a jornalista, que o Brasil dificilmente atingirá a meta de obter uma nota 6 até 2011.
Diante destas questões, os candidatos deveriam ir direto ao assunto, ao que interessa a nós brasileiros: como reverter essa histórica desigualdade social que reina no Brasil há séculos?

Para ler o edital, acesse o link abaixo:

https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/8/1/vamos-ao-que-interessa

10 comentários:

  1. Caro Charles

    Parabéns pela iniciativa e pela escolha do tema inicial do blog. Creio que a postura dos candidatos pode ser explicada pelos próprios indicadores de educação. Como parte significativa da população é analfabeta ou possui um nível educacional muito baixo, os candidatos acreditam que seria perda de tempo explicar a necessidade de mudança desses indicadores. Atacar o adversário em uma eleição é algo intrínseco a própria eleição. Se não é o candidato que o faz outros do partido o farão. Portanto, não é esse o problema. Ao meu ver o problema decorre da falta de pressão popular, seja por conveniência ou falta de compreensão, para que os candidatos coloquem a educação como prioridade de governo. Aí voltamos ao início da discussão. Com educação precária não se forma uma massa crítica com poder de provocar mudanças. Sem as mudanças, os oportunistas se aproveitam e mantêm as coisas do jeito que estão. Ou seja, torna-se um círculo vicioso.
    Acredito que a única forma de mudar isso é por meio da reforma política que deveria contemplar a exigência do registro legal do projeto de governo com medidas penais em caso de descumprimento. Somente assim teríamos a certeza do cumprimento do programa de governo e saberíamos de fato quais são as prioridades de cada candidato. Do jeito que é hoje, cada um fala o que quer pois não haverá maiores consequências. O problema é a falta de punição aos demagogos.

    Forte abraço
    Rocco Di Nizo

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  2. Repetindo o elogio do Prof. Rocco, gostaria de parabenizar a iniciativa e principalmente o tema, por se relacionar com todos os cursos e, portanto, estar ao alcance de qualquer graduando.
    Os característicos verbos no futuro do presente inerentes à qualquer tipo de eleição são previsíveis, as hostilidades também, o constrangimento mor está no fado do eleitorado brasileiro, o analfabetismo político, uma vez que, mais doloroso que sentir a estagnação de um 4,6 e do tratamento indiferente à Educação é ver o quão distante o “país do futuro” é dos brasileiros, principalmente porque brasileiros como os pais e mães da escolinha de Sobradinho dos Mel são dependentes da anêmica pressão pública.

    Sds.
    Graduanda de Relações Internacionais, Nathany Miguel.

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  3. Reforçando.. Parabéns a iniciativa, é disso que precisamos fazer valer a força de nossas intenções, sabendo que, as mesmas fazem a diferença no resultado do todo.
    Sou empresário e sinto na pele a deficiência da educação, já na seleção das pessoas para fazer parte do quadro funcional de nossa empresa. As diferenças sociais, o comprometimento, a expectativa de reconhecimento que os mesmos tem com a empresa entre outros por menores que atingem o resultado de nosso trabalho. Especificamente a produção comercial e o retorno per capita não é diretamente proporcional ao investimento em material humano e isso impede o crescimento da empresa.
    Fico muito apreensivo, se os governantes, aqui colocados, presidenciáveis, não se manifestam quanto a esta questão, pois o crescimento economico depende diretamente da preparação do povo para poder administrar isso, temos plena consciência de alguns fatos que ocorreram no mundo, onde a bolha, foi proporcionalmente maior que a capacidade de mantê-la intacta, falo de 1929, da crise de 2008 e do atual estado de emergência criado na UE, ai penso em 2016, será que estamos preparados para uma economia de imediatismos, vamos chamar da economia da oportunidade, quanto será investido para o evento da COPA? Quanto será realizado para que fique bonito? Sabendo que após o evento haverá uma evasão dos investimentos para compensação dos ganhos. 2016?? Uma incognita.
    Porém dependemos de mão de obra qualificada para que possamos manter as condições que serão criadas para a economia. Agora pergunto eu, temos tempo ???
    Um grande abraço

    Graduando em Gestão Financeira - GARNEZ

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  4. Olá Rocco, Nathany e Garnez.
    Agradeço os comentários acerca do tema postado na semana passada. De fato, o grande problema que assola nosso país, em meio a inúmeros, passa pela Educação e Educação de qualidade. Enquanto o acesso a Educação de qualidade permanecer restrito a uma pequena parcela da Educação, dificilmente mudaremos o atual estado das coisas e os dados apresentados no artigo.
    Abraço a todos.

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  5. Olá prof, gostaria de deixar aqui minha opnião sobre o assunto. Já se sabe que o maior problema do Brasil é a corrupção, grande parte do PIB é investido em educação, mas não se trata de sair fazendo escolas e mega-clubes em favelas, é nescessária uma reforma mais séria e estruturada, já que os sendo que os professores estão sendo mal pagos, as sala que existem estão caindo aos pedaços, os alunos só vão a escola para merendar. Precisamos mudar valores no Brasil, atrair os jovens pra dentro da sala, não basta ter estrutura, um garoto de favela prefere ser aviãozinho e comprar um Nike Shox, doque ir pra aula todo dia. Isso se faz valorinzando o professor da rede pública, melhorando os salários, dando condições e reconhecimento do seu trabalho, para que ele tenha estímulo de melhorar sua didática. Temos bons exemplos de reforma na educação, como Cuba, que conseguiu erradicar o analfabetismo, faltam medidas politicas mais sérias no Brasil, voltadas para o lado social de verdade, não essa falsa esquerda que existe, que faz projetos assistencialistas, e abre as pernas pro liberalismo.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. " Os políticos são um reflexo da sociedade que representam... "

    O cidadão brasileiro que tanto reclama dos políticos brasileiros e seu comportamento é o mesmo que vota e os colocam no "poder". É esse mesmo cidadão, pelo menos em sua maioria (já que vivemos na tal da democracia), que detesta acompanhar horário eleitoral e discutir política, mas que tem o elenco da novela das oito gravado na memória, quem está no paredão do big brother e qual foi o placar do jogo de futebol da semana passada...

    É impossível mudar a política sem antes rever o comportamento do cidadão...

    Os políticos brasileiros deveriam estar interessados em resolver os problemas sociais brasileiros, assim como os "cidadãos" brasileiros deveriam estar interessados em política.

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  8. OLá Charles,
    Parabéns pelo espaço!
    Só agora recebi uma mensagem informando o endereço.
    Vou postar minhas reflexões aqui também!
    Abração,
    Airton

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  9. Olá Professor! Parabéns pela iniciativa!

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  10. Gostaria de aproveitar este canal e raciocinio sobre o que o Prof. Charles Bonetti disse atraz, sobre educação de qualidade:
    Como vi em seu curriculum, é assessor da pró reitoria acadêmica da Universidade Anhembi Morumbi, correto..
    O que pode me dizer sobre o que está acontecendo no curso de arquitetura e urbanismo da instituição, o qual faço parte e me desculpe ser direto, mas é que o tema é relevante. Pois já tentamos com diversos coordenadores, diretoria do campus, apenas bla, bla, bla... acredito que pelo menos no campus morumbi está com sua "educação de qualidade" cada vez indo por agua abaixo e pior, pagamos por isso e ainda um valor muito alto pelo que oferece.

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