São Paulo, 19000 novos veículos emplacados ao mês, em torno de seis milhões é sua frota. Por detrás de cada motorista, um ser estressado, todos ansiosos, todos atrasados, muitos deprimidos. Somam-se a esse quadro, as chuvas que prenunciam alagamentos e as atividades de final de ano que aumentam o nível de loucura a que é submetido o paulistano, colocando em xeque a máxima de que o brasileiro é cordial. O que vemos, ao menos no trânsito, é uma guerra por espaço, por AUTO-afirmação. Quando esses níveis de desequilíbrio atingem as relações humanas fora do trânsito, de fato temos sérios problemas.
Ansiedade, estresse, depressão. A tríade infernal da patologia moderna que corrói o indivíduo e as relações sociais. Particularmente, alunos e professores sofrem, como todos, tais pressões, porém com o agravante do final de semestre/ano com provas, médias, trabalhos, reclamações, choros e “tome gravata” (Vinicius de Moraes), o que faz da docência, uma das profissões mais desgastantes no ranking do estresse.
Esse quadro, bastante conhecido, é uma realidade difícil de ser transformada em algo mais saudável. Alguém possui alguma sugestão? O humor é uma excelente arma contra essa ditadura do mau humor e rancor, o problema é que quando alguém está com altos níveis dessa doença, o humor é visto e sentido como agressão, causando mais violência.
“Amar, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido.”
(Vinicius de Moraes)
Bom final de semestre/ano a todos.
A questão principal é que tudo fica difícil quando nos colocamos na posição de vítimas. Se eu quiser ficar inerte e criar uma barreira contra o mau humor alheio vou conseguir, basta que deseje profundo não me contaminar. Por outro lado é bem mais fácil criticar, reclamar, xingar... Enfim, depende de nós atribuir essa doença para nosso corpo físico e prejudicar nossas relações ainda necessárias com o ser humano.
ResponderExcluirEu ouvi falar que a esperança é a última que morre. Com esperança é certo que vivemos melhor.
ResponderExcluir=)
Oi professor, eu também estudei na Escola de Sociologia e Politica. Adorei seu blog, visitarei sempre.
ResponderExcluirComo assim não vamos falar do Rio??? o.O
ResponderExcluirAh... tb queria saber sua opinião sobre o que acontece no Rio...
ResponderExcluirEsse foi o último post?
Professor, adorei descobrir seu blog neste ano.
Feliz final de ano para vc também, e até 2011, se vc não aparecer mais por aqui em 2010!
;)
vivemos na época do Império da Estética, do Ego, do Orgulho, da Competição, da Pulsão de Morte, dos Estilo de Vida...
ResponderExcluirA cultura ocidental culmina agora em sua total contradição (algo que se torna nítido cada vez mais...). Enquanto nos submetermos a tais condições (ou seja, a esse narcisismo generalizante), continuaremos tendo que conviver com os mesmos problemas sociais, políticos, econômicos e ambientais.
Como diz um autor muito influente na crítica da pós-modernidade: "a identidade é insustentável: é a morte, porque fracassa em inscrever sua própria morte". Afirmação que me faz entender a cultura ocidental como Insustentabilidade Totalitária.
....viver em função de imagens, de gostos, de identidades, de atribuição de valor a tudo, de tratar o ser humano como objeto, julgando o indivíduo de todas as formas (desde as mais "bricalhonas", até as mais inquisidoras)... tudo isso é insustentável e decadente...
precisamos abrir os olhos a algo que tem sido negligenciado há séculos...
Isso é viver, cada um deve escolher o que é melhor para si, as dificuldades estão aí e temos que superá-las, você pode sentar e chorar ou levantar e fazer algo diferente.
ResponderExcluirSorria mais e evite rugas!!!