Pergunte a qualquer morador de Itaquera do que mais o bairro precisa: um estádio ou um hospital? Talvez mais escolas? Mais transporte? Um transporte de qualidade? Mais áreas verdes e de lazer?
A mídia, em especial a esportiva, adorou o fato de um clube paulista finalmente ter seu estádio e da cidade de São Paulo poder abrir a Copa no Brasil. Argumentos do tipo: geração de empregos, turistas, dinheiro... A população de Itaquera já está sentindo os efeitos dessa manobra política, eleitoreira e mal intencionada: a inflação das moradias em Itaquera. Muitas famílias já estão deixando esse bairro por não conseguirem mais pagar os aluguéis que já estão mais caros. A compra de um imóvel também caminha para a mesma direção, pois os preços dos imóveis estão subindo no mesmo ritmo das obras.
A quem interessa essa obra? Mais uma vez a História se repete como nos tempos do Governador Laudo Natel que doou um terreno público que serviria para a construção de uma praça (http://blogdopaulinho.wordpress.com/2008/09/09/laudo-natel-explica-doacao-de-terreno-ao-tricolor/) para a construção de um estádio privado. Hoje essa “doação” dá-se na forma de financiamento público (BNDES) e no perdão de impostos municipais que não serão pagos pelos gestores de mais uma “maracutaia brasilis”. Os principais interessados, mas não os únicos: Ricardo Teixeira, Andrés Sanchez e Odebrecht.
O que dói é mais uma vez ver o uso de uma paixão popular para manipular a massa em prol de interesses privados espúrios. Quem paga a conta? Você, você, você...
Apenas mais um vaticínio: o atraso das obras, não apenas de São Paulo, mais de todos os estádios do Brasil é proposital, já que assim mais verbas públicas podem ser liberadas em caráter de urgência para evitar um fiasco internacional.
Quando a Paulista vai ser ocupada para exigirmos a cabeça dos responsáveis por tamanha falcatrua? O poder público deve ser direcionado para o benefício de todos e não de corruptos. Que seus bens sejam confiscados: essa é a única linguagem que eles entendem.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 23 de agosto de 2011
PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO AMEAÇADO
O Sítio Arqueológico Boqueirão da Pedra Furada no Piauí está seriamente ameaçado. Não pelas intempéries e pela ação inexorável do tempo, mas devido a ações humanas. Niéde Guidon, que desde a década de 70 do século passado dedica sua vida as pesquisas arqueológicas na região, está profundamente preocupada. Agora as pinturas rupestres tem sido destruídas à bala. A Arqueóloga reputa os danos a caçadores da região que invadem o Parque Nacional Serra da Capivara e, por pura diversão e vandalismo, atiram nas pinturas rupestres.
A briga com os poderes públicos é antiga. Há tempos ela pede a construção de um aeroporto que facilitaria o ingresso de turistas e movimentaria a roda econômica da região do sertão do Piauí, facilitando a conscientização da população para a importância desse patrimônio da Humanidade tombado pela UNESCO desde 1991. No entanto, a obra está atrasada em anos.
Um povo que não conserva seu passado não conhece seu presente e não constrói seu futuro.
Para maiores informações:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2807201101.htm
A briga com os poderes públicos é antiga. Há tempos ela pede a construção de um aeroporto que facilitaria o ingresso de turistas e movimentaria a roda econômica da região do sertão do Piauí, facilitando a conscientização da população para a importância desse patrimônio da Humanidade tombado pela UNESCO desde 1991. No entanto, a obra está atrasada em anos.
Um povo que não conserva seu passado não conhece seu presente e não constrói seu futuro.
Para maiores informações:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2807201101.htm
CORRUPÇÃO E O PRECO DA MAIORIA NO CONGRESSO
A corrupção no Brasil é coisa antiga. Historicamente tornou-se parte integrante do governo já com a vinda da família real portuguesa ao Brasil, pois com ela, toda a estrutura corrupta administrativa da corte estabeleceu-se em terras tupiniquins. Agregou-se de tal forma e abrasilerou-se. Numa época em que a população livre era dividida em “homens bons” (portugueses) e pessoas comuns, os primeiros não eram sujeitos, por exemplo, a julgamento caso matasse alguém, desde que não fosse também pertencente ao mesmo grupo. Diante de tal estrutura, a divisão entre a “coisa pública” e a “privada” parece coisa sem importância, daí a famigerada expressão: “você sabe com quem você está falando?”, tão elucidativa para entendermos como a corrupção está impregnada na administração pública.
Recentemente a juíza Patrícia Acioli foi assassinada por que era por demais rigorosa contra os crimes envolvendo policiais e milícias. Famosa por seu rigor, dizia que um policial corrupto ou bandido era pior que um traficante. Podemos entender essa afirmação de maneira mais ampla: alguém que zela o patrimônio público é pior que um traficante, pois o dinheiro que esse funcionário público (policial, político, partidos, prestador de serviço...) está roubando é de todo o país, de todos nós. É o dinheiro que falta para uma creche, para os médicos, professores, hospitais. Essa praga desvia o que é de todos para benefício próprio e de aliados. Quando alguns acusados de corrupção no Ministério do Turismo apareceram em jornais em fotos sem camisa como bandidos comuns, muitos disseram que eles não eram bandidos comuns e não mereciam esse tratamento. Os direitos de todos devem ser preservados e de fato não são criminosos comuns, são muito piores.
Recentemente a juíza Patrícia Acioli foi assassinada por que era por demais rigorosa contra os crimes envolvendo policiais e milícias. Famosa por seu rigor, dizia que um policial corrupto ou bandido era pior que um traficante. Podemos entender essa afirmação de maneira mais ampla: alguém que zela o patrimônio público é pior que um traficante, pois o dinheiro que esse funcionário público (policial, político, partidos, prestador de serviço...) está roubando é de todo o país, de todos nós. É o dinheiro que falta para uma creche, para os médicos, professores, hospitais. Essa praga desvia o que é de todos para benefício próprio e de aliados. Quando alguns acusados de corrupção no Ministério do Turismo apareceram em jornais em fotos sem camisa como bandidos comuns, muitos disseram que eles não eram bandidos comuns e não mereciam esse tratamento. Os direitos de todos devem ser preservados e de fato não são criminosos comuns, são muito piores.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Bem vindos a mais um semestre letivo!
Após um pequeno inetervalo, o blog do Prof. Charles Bonetti voltou. O tema dessa semana, continuando a onda de turbulência nos mercados internacionais, é: 'Quero pagar CPMF!'.
Participem do blog enviando suas opiniões, o caminho é o mesmo do semestre passado, através do espaço PADEAC na unidade WEB, que aliás está com novidades. Atentem para o "Vida Universitária".
Bom semestre a todos!
Charles.
Participem do blog enviando suas opiniões, o caminho é o mesmo do semestre passado, através do espaço PADEAC na unidade WEB, que aliás está com novidades. Atentem para o "Vida Universitária".
Bom semestre a todos!
Charles.
Quero pagar CPMF!
Há tempos ouvimos uma ladainha de reforma tributária. Para esclarecimentos da memória, o teto máximo de contribuição da pessoa física era de 25% antes de FHC, que o aumentou para 27,5%, Lula gostou e Dilma continuou.
Numa conta rápida: trabalhamos quase quatro meses do ano para pagamento apenas do IR. Em conversa de corredores e salas de professores com colegas da área tributária, fiquei sabendo que a arrecadação da época da CPMF (o chamado “Imposto do cheque”) era na casa de R$ 40 bilhões/ano. Como o Imposto de renda atinge diretamente o trabalhador assalariado, proponho uma troca: a volta da CPMF, que não permite sonegação e atinge a todos de acordo com seu padrão de consumo e o fim do imposto de renda do trabalhador assalariado que é descontado diretamente na fonte.
Tal mudança aumentaria a arrecadação do governo e o salário dos trabalhadores em uma única medida. Já pensaram o impacto disso na macroeconomia? O trabalhador com maior renda e o governo com mais arrecadação. Não teríamos sonegação e os fiscais da Receita Federal poderiam dedicar-se aos grandes sonegadores. Além disso, o ganho político para a presidente frente toda classe média. O que acham?
Numa conta rápida: trabalhamos quase quatro meses do ano para pagamento apenas do IR. Em conversa de corredores e salas de professores com colegas da área tributária, fiquei sabendo que a arrecadação da época da CPMF (o chamado “Imposto do cheque”) era na casa de R$ 40 bilhões/ano. Como o Imposto de renda atinge diretamente o trabalhador assalariado, proponho uma troca: a volta da CPMF, que não permite sonegação e atinge a todos de acordo com seu padrão de consumo e o fim do imposto de renda do trabalhador assalariado que é descontado diretamente na fonte.
Tal mudança aumentaria a arrecadação do governo e o salário dos trabalhadores em uma única medida. Já pensaram o impacto disso na macroeconomia? O trabalhador com maior renda e o governo com mais arrecadação. Não teríamos sonegação e os fiscais da Receita Federal poderiam dedicar-se aos grandes sonegadores. Além disso, o ganho político para a presidente frente toda classe média. O que acham?
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