Recentemente, as oficinas para os professores da Universidade Anhembi Morumbi suscitaram alguns debates interessantes e enriquecedores, principalmente no tocante ao papel da Educação na contemporaneidade. Parece clara a idéia de que a educação há muito deixou de ser exclusivamente a “educação da razão”, para tornar-se uma pedagogia de todo o ser, dos novos (antigos) saberes, dentre os quais o do corpo e da emoção.
Essa constatação colocou a Educação no debate dos Novos Paradigmas da atualidade, ultrapassando a máxima de uma lógica cartesiana-darwiniana que tanto impregnou diversos campos do conhecimento e do modo de vida das sociedades industriais, cujos valores foram medidos, entre outras coisas, na capacidade individual de enricar e na crença de que a sociedade é “naturalmente” competitiva onde os mais fortes (capazes) vencem.
Felizmente, cada vez mais pessoas em todo o mundo entendem que apenas uma mudança radical no modo de vida da humanidade pode nos dar alguma esperança para vencermos os desafios da contemporaneidade, como o aumento da desigualdade social e o aquecimento global. Essa mudança comportamental global engrossa as fileiras daqueles que se recusam a cooperar com a “mercantilização” das relações sociais. Stéphane Hessel, 93, parece ter conseguido sintetizar esse posicionamento através de um recente panfleto de 32 páginas que tornou-se um livro publicado no final de 2010 na França intitulado “Indignez-vous” (Indignai-vos), que já vendeu 1,3 milhão de exemplares, um convite a não cooperação com a financeirização do mundo.
Para saber mais, sugiro o artigo de Leneide Duarte-Pilon no caderno “Ilustríssima” do Jornal Folha de São Paulo do dia 13 de fevereiro de 2011, intitulado “Hessel, o intocável: o embaixador da indignação”.
Felizmente, não estamos sós.
Olá, Professor!
ResponderExcluirSou uma leitora assídua do seu blog e uma fã dos seus textos.
Gostaria de sugerir um tema para discutirmos aqui, sobre a soberania de alguns professores que se sentem na liberdade e têm a audácia de nos privarem de conhecimento. Não que eu esteja dependente apenas de um professor e do conhecimento que ele pode nos transmitir, mas se eu fosse autosuficiente, autodidata ou qualquer coisa auto, não precisaria ir até a universidade, pagar um valor que dentro da nossa sociendade não é baixo, apenas pra ouvir um professor específico dizer que não preparou aula.
Usando parte do seu título, estou indignada com o desrespeito que alguns professores têm por seus alunos. Professores que juraram passar seus conhecimentos adiante.
Será que esse sentimento que tenho e essa sede de conhecimento, por todas as fontes possíveis é só minha?
O que vejo entre muitos dos meus colegas, é uma ansiedade pelo diploma. Minha ansiedade é que quero e preciso ser um bom profissional no futuro que não está muito distante e que depende de mim e dos meus colegas pra termos um futuro próspero.
Parabéns pelo blog,
Sara (aluna de Marketing Anhembi Morumbi VO)
Ah! Me anima muito a notícia sobre a Sra. Stéphane Hessel, seu livro, e principalmente sobre as "fileiras engrossadas" contra o sistema.
ResponderExcluirEu não vou tagarelar hoje... Apenas recomendo o seguinte vídeo ao professor e aos leitores todos:
http://www.youtube.com/watch?v=4Z9WVZddH9w
Os documentários do Zeitgeist Movement falam tudo que eu já falei, que iria falar, e muito mais!
Mas enfim... quem pretende continuar vivendo uma ilusão, não precisa assistir...
Nathan (ex-aluno da Anhembi Morumbi, formado em Design Digital, 2010)