A quem interessa a não divulgação de dados oficiais do Governo dos Estados Unidos? Com certeza não a população norte-americana e tampouco a democracia. A obra do Wikileaks presta um serviço fundamental para o planeta ao divulgar os diálogos entre embaixadas, as áreas de interesse, negócios na calada da noite, mentiras, enfim, o desnudar do lado podre da política internacional.
Os poderosos do mundo rapidamente criaram uma acusação contra o fundador, Julian Assange, curiosamente, sexual e na Suécia: a suposta prática sexual de Julian com duas mulheres e sem camisinha. Preso na Inglaterra foi condenado a pagar uma multa de mais de 600 mil reais e impedido de deixar o país.
O fato é que há uma cruzada contra o Wikileaks, seus fundadores, sua equipe e quem o acessa. Como toda guerra, o outro lado, representado pela imprensa mundial, cidadãos do mundo e todos que buscam a verdade, lançaram um contra-ataque imediato: Hackers, ao comando planetário de “fogo, fogo, fogo”, derrubaram os sites das empresas que bloquearam as doações e o dinheiro do Wikileaks.
A quem possa interessar, em uma das diversas páginas que citam o Brasil, o governo dos Estados Unidos demonstra um grande interesse pelas terras ao redor de Corumbá (MS) no Pantanal. Entre outros motivos, pelos minérios da região, principalmente o nióbio, mineral que o Brasil produz 80% do consumo mundial.
Estamos vivenciando um momento ímpar e histórico: as novas formas de luta política, cujos princípios são atemporais: justiça, liberdade, felicidade, Utopos, ou seja, toda tentativa de criação de um mundo melhor. Para aqueles que se identificam com esses princípios e que dizem que não há um inimigo evidente, ele sempre esteve aí, e a conseqüência de suas ações em última análise é a doença planetária que vivemos, cujo um dos sintomas é o aquecimento global e outro é a profunda desigualdade social mundial. O Wikileaks ajuda a revelar a face de quem se beneficia com esse estado lastimável de coisas em que nos encontramos.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
NOVOS PARADIGMAS, EDUCAÇÃO E INDIGNAÇÃO
Recentemente, as oficinas para os professores da Universidade Anhembi Morumbi suscitaram alguns debates interessantes e enriquecedores, principalmente no tocante ao papel da Educação na contemporaneidade. Parece clara a idéia de que a educação há muito deixou de ser exclusivamente a “educação da razão”, para tornar-se uma pedagogia de todo o ser, dos novos (antigos) saberes, dentre os quais o do corpo e da emoção.
Essa constatação colocou a Educação no debate dos Novos Paradigmas da atualidade, ultrapassando a máxima de uma lógica cartesiana-darwiniana que tanto impregnou diversos campos do conhecimento e do modo de vida das sociedades industriais, cujos valores foram medidos, entre outras coisas, na capacidade individual de enricar e na crença de que a sociedade é “naturalmente” competitiva onde os mais fortes (capazes) vencem.
Felizmente, cada vez mais pessoas em todo o mundo entendem que apenas uma mudança radical no modo de vida da humanidade pode nos dar alguma esperança para vencermos os desafios da contemporaneidade, como o aumento da desigualdade social e o aquecimento global. Essa mudança comportamental global engrossa as fileiras daqueles que se recusam a cooperar com a “mercantilização” das relações sociais. Stéphane Hessel, 93, parece ter conseguido sintetizar esse posicionamento através de um recente panfleto de 32 páginas que tornou-se um livro publicado no final de 2010 na França intitulado “Indignez-vous” (Indignai-vos), que já vendeu 1,3 milhão de exemplares, um convite a não cooperação com a financeirização do mundo.
Para saber mais, sugiro o artigo de Leneide Duarte-Pilon no caderno “Ilustríssima” do Jornal Folha de São Paulo do dia 13 de fevereiro de 2011, intitulado “Hessel, o intocável: o embaixador da indignação”.
Felizmente, não estamos sós.
Essa constatação colocou a Educação no debate dos Novos Paradigmas da atualidade, ultrapassando a máxima de uma lógica cartesiana-darwiniana que tanto impregnou diversos campos do conhecimento e do modo de vida das sociedades industriais, cujos valores foram medidos, entre outras coisas, na capacidade individual de enricar e na crença de que a sociedade é “naturalmente” competitiva onde os mais fortes (capazes) vencem.
Felizmente, cada vez mais pessoas em todo o mundo entendem que apenas uma mudança radical no modo de vida da humanidade pode nos dar alguma esperança para vencermos os desafios da contemporaneidade, como o aumento da desigualdade social e o aquecimento global. Essa mudança comportamental global engrossa as fileiras daqueles que se recusam a cooperar com a “mercantilização” das relações sociais. Stéphane Hessel, 93, parece ter conseguido sintetizar esse posicionamento através de um recente panfleto de 32 páginas que tornou-se um livro publicado no final de 2010 na França intitulado “Indignez-vous” (Indignai-vos), que já vendeu 1,3 milhão de exemplares, um convite a não cooperação com a financeirização do mundo.
Para saber mais, sugiro o artigo de Leneide Duarte-Pilon no caderno “Ilustríssima” do Jornal Folha de São Paulo do dia 13 de fevereiro de 2011, intitulado “Hessel, o intocável: o embaixador da indignação”.
Felizmente, não estamos sós.
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