Hoje, 29/06/11, o Parlamento grego provavelmente aprovará uma série de medidas que buscam enxugar a dívida grega, arrecadar um novo empréstimo de bilhões de euros e saldar seus compromissos com o mercado financeiro, apesar dos violentos protestos de sua população nas ruas de Atenas. As bolsas de valores, diante da aprovação certa das medidas, subiram em todo o mundo ontem. Quem vai pagar a conta? Mais uma vez a população.
Crise nada mais é do que desemprego, juros altos, achatamento de salários... a mesma ladainha que todos nós, trabalhadores do Brasil, conhecemos bem.
A questão é pura e simples: quem se beneficia desta especulação financeira global? Claro, os mega investidores. Quando um “Lehman Brothers” quebra, a conta cai no colo dos funcionários da empresa, não de todos, apenas dos médios e pequenos. Os grandes já contam com informações privilegiadas e uma renda que possibilitou a feitura de um grande “pé de meia”.
Até quando o sistema aguentará essa ciranda especulativa?
“Acima de tudo, o fato de ter compreendido que determinada etapa histórica não é permanente, que a sociedade humana é uma estrutura bem-sucedida porque é capaz de mudança e, assim, o presente não é seu destino final”. (Eric Hobsbawn – “O novo século” – em relação às lições do marxismo).
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Obama / Bin Laden
Após um breve intervalo, passamos próximos de uma hecatombe nuclear no Japão, o massacre de Realengo, o casamento de Priwil e Lady K e também a morte do homem mais procurado pelos Estados Unidos em um atentado terrorista de Estado.
A Indústria Cultural e a lógica do poder nunca cessam de nos espantar, assim como a ironia da História e a falta de aprendizado da Humanidade com o processo histórico. Quando Saladino tomou Jerusalém do domínio cristão, antes de perpetrar o terrível ataque, ofereceu ao rei cristão, que sofria de lepra, seus médicos para aliviar as terríveis dores que sentia.
O que diferencia a civilização da barbárie são suas ações. Os Estados Unidos, ao matarem Bin Laden, continuam a negar seu papel civilizatório e reproduzir a barbárie e o discurso da guerra. A Humanidade distancia-se cada vez mais de uma civilização planetária para tornar-se uma barbárie planetária. Todos os argumentos, sensacionalismos, propagandas e os exercícios de poder não conseguem justificar o óbvio: Bin Laden deveria ter sido julgado pelos seus crimes em Haia, como os Nazistas o foram, crimes contra a Humanidade. Isso seria legítimo.
Discutir questões mundiais como aquecimento global, Palestina, qualidade de vida e sustentabilidade, só é possível através do diálogo civilizado. O mundo ainda vive no bang bang do vivo ou morto. Pobre Humanidade, quantas mortes mais para mudarmos o paradigma?
A Indústria Cultural e a lógica do poder nunca cessam de nos espantar, assim como a ironia da História e a falta de aprendizado da Humanidade com o processo histórico. Quando Saladino tomou Jerusalém do domínio cristão, antes de perpetrar o terrível ataque, ofereceu ao rei cristão, que sofria de lepra, seus médicos para aliviar as terríveis dores que sentia.
O que diferencia a civilização da barbárie são suas ações. Os Estados Unidos, ao matarem Bin Laden, continuam a negar seu papel civilizatório e reproduzir a barbárie e o discurso da guerra. A Humanidade distancia-se cada vez mais de uma civilização planetária para tornar-se uma barbárie planetária. Todos os argumentos, sensacionalismos, propagandas e os exercícios de poder não conseguem justificar o óbvio: Bin Laden deveria ter sido julgado pelos seus crimes em Haia, como os Nazistas o foram, crimes contra a Humanidade. Isso seria legítimo.
Discutir questões mundiais como aquecimento global, Palestina, qualidade de vida e sustentabilidade, só é possível através do diálogo civilizado. O mundo ainda vive no bang bang do vivo ou morto. Pobre Humanidade, quantas mortes mais para mudarmos o paradigma?
Assinar:
Postagens (Atom)