Em sua visita ao Brasil, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama durante um de seus pronunciamentos, precisamente no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, disse que a Cinelândia foi palco de várias manifestações ao longo da História recente do Brasil na busca da democracia, citando inclusive a participação de Dilma Rousseff que acabou pagando um alto preço com a prisão e tortura a que foi submetida. Apesar de louvável tal lembrança, esqueceu-se de citar que os Estados Unidos foi o país que articulou e apoiou o Golpe Militar de 1964, golpe esse que foi o algoz de nossa atual presidenta. Sem o apoio norte-americano, dificilmente a junta militar que maculou com muito sangue nossa terra teria ficado 21 anos no poder. O mesmo vale para outras nações latino-americanas como Argentina, Chile, Paraguay e Uruguay.
Apesar de carismático e até bem intencionado, o atual presidente norte-americano é incapaz de reverter uma clara e desproporcional relação entre Brasil e Estados Unidos. Para aqueles que acreditam que um dia o visto de entrada para brasileiros em território americano seja suspenso, digo apenas que isso ocorrerá no dia em que os mexicanos puderem entrar livremente nos Estados Unidos. O muro em construção que separa a fronteira entre México e Estados Unidos nos afiança que este dia está bem longe.
segunda-feira, 21 de março de 2011
sexta-feira, 11 de março de 2011
Kadafi: mais um triste episódio criado nas trevas da Guerra Fria
Como todos no mundo, observo perplexo o desenrolar dos acontecimentos recentes no mundo árabe, com direito a sequestro de jornalistas, pronunciamentos loucos (para dizer o mínimo) de um ditador há mais de 40 anos no poder, massacres de civis e a lentidão das potências ocidentais frente a um problema de grandes proporções cuja maior preocupação, mais uma vez, é o petróleo.
Uma coisa insiste em perturbar meu sono: boa parte desses ditadores, hoje pintados de inimigos do ocidente, há poucos meses eram considerados aliados do mundo ocidental, notadamente dos Estados Unidos. Foram empossados com o aval da superpotência durante o contexto histórico da Guerra Fria. Eram aliados confiáveis. A máscara caiu e o mundo teme o que pode acontecer, aliás, já está acontecendo: uma guerra civil na Líbia e em outros países árabes.
Leio também no blog de Fernando Gabeira http://blogs.estadao.com.br/fernando-abeira/2011/03/09/os-negocios-de-kadafi-no-brasil/ que o ditador Kadafi possui aproximadamente R$1,2 bilhão investidos no Brasil, principalmente no Vale do Salitre na Bahia, em associação à Odebrecht no Codeverde, Consórcio do Vale do Rio Verde. O Governo Brasileiro vai fazer o que? E a Odebrecht, não vai se pronunciar? Em nome de investimentos, tudo é permitido?
Uma coisa insiste em perturbar meu sono: boa parte desses ditadores, hoje pintados de inimigos do ocidente, há poucos meses eram considerados aliados do mundo ocidental, notadamente dos Estados Unidos. Foram empossados com o aval da superpotência durante o contexto histórico da Guerra Fria. Eram aliados confiáveis. A máscara caiu e o mundo teme o que pode acontecer, aliás, já está acontecendo: uma guerra civil na Líbia e em outros países árabes.
Leio também no blog de Fernando Gabeira http://blogs.estadao.com.br/fernando-abeira/2011/03/09/os-negocios-de-kadafi-no-brasil/ que o ditador Kadafi possui aproximadamente R$1,2 bilhão investidos no Brasil, principalmente no Vale do Salitre na Bahia, em associação à Odebrecht no Codeverde, Consórcio do Vale do Rio Verde. O Governo Brasileiro vai fazer o que? E a Odebrecht, não vai se pronunciar? Em nome de investimentos, tudo é permitido?
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